quinta-feira, 3 de março de 2011


Não creio estar em bom território. Não creio que pude mesmo crer que poderia crer. Juro que suspeitei desde o vigésimo sexto dia que tudo só havia começado. Na verdade, eu soube muito antes disso; meu realismo nunca me privou do que eu já sei. E as transições unicamente sufocam meu tão desolado fingimento. E eu não deveria ser relapsa. Eu não deveria recorrer diversas e diversas vezes prometendo coisas que não estão sob meu poder. Ou sob meu controle. Ah, como me angustia não ter controle algum sobre a mínima coisa a meu respeito! E poucos sabem como preciso me identificar, ajustar, pertencer. Ter meu nicho social mesmo, sabe? Não preciso de avaliação alguma, juro. Sei me adaptar rapidamente. Não me interesso por nenhum dos extremos da cadeia, apenas em permanecer camuflada.