quinta-feira, 9 de maio de 2019

Há semanas comecei a pensar no tal décimo terceiro dia e, por isso, aquele velho medo surgiu. Não há explicação para essa sensação, mas o medo da solidão é concreto demais. Acontece que me cansei. Me irritei. Me incomodou esse sentimento de melancolia a cada ciclo que se completa. Me esvaziei e fiquei só com a vontade de celebrar. É um pouco incomum não sentir nada específico. Parece ser um território em que nunca pisei, mas estou disposta a explorá-lo. Disposta a repetir conclusões que são há muito conhecidas, mas que, por não serem sentidas, precisam ser reiteradas até que se tornem emocionalmente incontestáveis. Creio não precisar entregar minha estabilidade a uma terceira pessoa. Preciso socializar o pensamento e me encontrar. Não sou ninguém além de mim mesma e quero comemorar. Não preciso ficar triste. Há quem não queira estar ou sequer responder, mas eu estou aqui. E tudo bem. Sou minha única companheira garantida e já passou da hora de reconhecer isso. Não quero depender de outre. É tempo de me tornar quem eu quero ser, leve o tempo que levar, com quem quer que seja, onde quer que seja. Eu estou aqui e não quero mais me ignorar.