terça-feira, 12 de agosto de 2014

Acho que esta não é uma manhã para eufemismos ou filtros. Dói e dói muito, e creio que já me mantive muito alheia a tudo isso. A ausência dos planos supostamente seria solucionada pela compra de uma esperança fajuta, mas agora nada mais resta. Ironicamente, como tem que ser, há um vazio grande demais para que reste algum espaço para mim. Provavelmente vou me arrepender destas linhas dentro de dois dias, mas quase tudo parece incrivelmente distante de mim e eu realmente não acredito mais. E trapacear a transitividade de um verbo tão simples é minha forma de demonstrar a constante inconstância desta existência. Tudo parece reticências que jamais será vírgula ou ponto final. Não que exista uma vontade de finalizar um último parágrafo; não almejo sacrificar minha literatura. Também possuo alguma noção dos imprevistos, mas, de alguma forma, não parece haver próximo capítulo. Acho que estou realmente triste.