domingo, 31 de julho de 2016

Hoje a covardia não pode mais ficar. Tentei fugir da tristeza o quanto pude, mas não posso fugir da imaturidade que estes 24 anos ainda me asseguram. Mudei seguramente de caminho porque depois de ter sido profundamente ferida não teria motivos para prosseguir com o idealismo, mas, tal qual uma criança, não sei nem quero enfrentar esta hostilidade. Agora sinto falta dos braços maternos que antes podiam me proteger de tudo. Sinto falta da ansiedade que não podia esperar pelo primeiro dia letivo. 
Não sei ser apreciada. Sei preencher fichas, sei chegar no horário, sei corrigir atividades, mas não sei ser querida. Não faço ideia de como fingir que gosto de pessoas; a sinceridade sempre me colocou em situações complicadas. Me irrita perceber que, apesar de ter prometido que não mais o faria, seco lágrimas pelo mesmo lugar. Não tenho disposição suficiente para analisar porque fiquei tão exposta emocionalmente, só sei que estou abandonada em lugar nenhum. O que mais posso dizer? Tenho medo de todos eles.