quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Já pensava em comprovar a tal responsividade dela através da mais trivial conjunção quando, subitamente, percebi ter perdido o que há 3 minutos parecia ser o centro de tudo. Seria capaz de recobrar a mesma linha de emoção? Mais. Seria capaz até mesmo de sentir a umidade chegar às pontas dos cílios juntamente com a dramática tontura de sempre. As imagens, os sons e os cheiros todos embaçados por um segundo que recria uma década quase inexistente. Quando teria perdido o controle?
Claro que sabia da seriedade do assunto. Por qual outra razão o esconderia com tanta destreza? Se tudo sempre esteve bem ali, bem na superfície, por que meu instinto natural seria tentar fazê-lo imergir? O fato dos pontos de interrogação continuarem por aqui significa que ainda há algo que me pertence? Forçando ou não, dói. Não entendo como pode doer tanto, mas já que a indulgência é um dos sinônimos de mim, acredito ter permissão para gritar o quanto incomoda. Não, meu orgulho não me permitiria implorar por amor, mas, de alguma forma, cada palavra sua parece me tornar ainda mais irrelevante do que já sempre pensei ser.